segunda-feira, 15 de julho de 2013

Transtornos causados pelas chuvas.

No dia 30 de janeiro de 1979, o Diário do Rio Doce trata do estado de calamidade vivido pela cidade de Governador Valadares por causa do alto índice pluviométrico registrado em janeiro daquele ano.



A primeira referência é uma foto do conjunto BNH na Ilha dos Araújos, que foi invadido pelas águas do Rio Doce. A imagem é usada como chamada para a reportagem publicada no miolo do jornal. 





Ilha dos Araújos. 
Diário do Rio Doce, 30/01/1979.

A manchete escrita em caixa alta informa e ao mesmo tempo causa alarme no leitor: “Rio Doce invade as áreas mais baixas de GV”.




Diário do Rio Doce, 30/01/1979.


Segundo a matéria, a cheia do Rio Doce ameaçava as faixas de terra às margens do curso d’água. Os bairros mais afetados eram o São Paulo, Santa Terezinha, São Pedro e também as áreas próximas ao Córrego Figueirinha. 

O texto do jornal, além de ter um caráter informativo, tem como objetivo alertar os leitores para os perigos que poderiam ser causados pelas chuvas previstas para as horas posteriores ao fechamento da edição do periódico. 

O 6º Batalhão da Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Semov estavam com suas equipes de prontidão para atender as emergências.

A situação

As partes mais baixas do São Paulo e Santa Teresinha, bem como da região lateral do Figueirinha, tinham água dentro de diversas casas e barracos, assim como no São Pedro, que é bastante baixo. Na Ilha dos Araújos, os esgotos pluviais, recentemente implantados, estão funcionando ao contrário, isto é, conduzindo água do rio para a Ilha. A Av. Rio Doce foi invadida na altura da Av. Suaçuí, mas a água retorna ao leito do Rio Doce na altura da Rua 34. A Rua 14 tem três quarteirões totalmente tomados pela água... (Diário do Rio Doce, 30 de janeiro de 1979).

A reportagem apresenta ainda quatro fotografias em preto e branco com formato quadrangular. Todas elas mostram áreas tomadas pelas águas do Rio Doce ou pela lama. A legenda é a seguinte: Esta é a situação dos bairros de Governador Valadares: muita água e lama. A população vai-se virando, porque o Semov já informou que não há como resolver o problema. Só depois das chuvas é que são feitos reparos. Em alguns bairros, como o Santa Teresinha e o São Paulo (partes baixas), as águas são do Rio Doce. 

Na mesma edição, o chargista Clóvis denuncia a precária situação da Ilha dos Araújos através de seu desenho. O personagem da charge carrega uma trouxa com seus pertences e se agarra a única coisa que sobrou em seu caminho, uma placa com a palavra “Ilha”.





 “Ilha”. Clóvis. Diário do Rio Doce, 30/01/1979. 

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