Os moradores de Governador Valadares, especialmente aqueles que residiam
em periferias, cansados dos estragos causados pelas enchentes anuais, buscavam
apoio do jornal Diário do Rio Doce para denunciar o descaso do poder público
com os problemas causados pelas chuvas.
Foi o que aconteceu em janeiro de 1985, quando os moradores entraram em
contato primeiro com o jornal, para depois recorrerem aos órgãos públicos
responsáveis pela gestão da cidade.
Os problemas relatados pelo jornal naquela ocasião são os mesmos de anos
anteriores e o córrego Figueirinha continuava sendo um grande vilão para os
moradores dos bairros periféricos.
Diário do Rio Doce, 11/01/1985.
O próprio jornal abordou o papel da imprensa valadarense em reportagem publicada no final do mês de janeiro de 1985. Segundo o Diário do Rio Doce , representantes da imprensa se reuniram no gabinete do comando do 6º Batalhão da Polícia Militar na madrugada do dia 29 de janeiro, quando a situação se agravou.
O jornal relatou que foi a pressão da imprensa que levou as autoridades a se posicionarem de forma mais enérgica e adotarem providências mais emergenciais para atender a população.
Repórteres de texto e repórteres fotográficos trabalharam em regime de plantão para cobrir os principais acontecimentos relativos às enchentes daquele mês, como a morte de um senhor que foi levado pelas correntezas do córrego Figueirinha.
Diário do Rio Doce, 29/01/1985.