segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Chuvas de verão causam transtornos em Governador Valadares.


Diário do Rio Doce, 15/01/1992.

Diário do Rio Doce, 15/01/1992.


As chuvas de verão que caíram durante todo o mês de janeiro na cidade de Governador Valadares causaram muitos estragas e deixaram a população ribeirinha com medo de deslizamentos, como no bairro Altinópolis, por exemplo. Para atravessar as ruas de alguns bairros era preciso enfrentar muita água e lama. 

Águas passadas em dezembro de 1991.

Diário do Rio Doce, 10/12/1991. 

Diário do Rio Doce, 12/12/1991. 


Diário do Rio Doce, 13/12/1991. 


As chuvas que caíram quase que diariamente em Governador Valadares no mês de dezembro de 1991 prejudicaram moradores de áreas periféricas, que tiveram suas casas invadidas por água e lama, e provocaram falta de energia elétrica.

No entanto, a grande preocupação era em relação às crianças que brincavam nas águas da chuva e com as doenças que podiam ser disseminadas pelas enchentes como a esquistossomose, por exemplo. 

domingo, 22 de setembro de 2013

10 minutos.


Diário do Rio Doce, 12/10/1991. 

Apenas 10 minutos de chuvas foram suficientes para parar a cidade de Governador Valadares em outubro de 1991. Desabamento de uma parede, queda de árvores e falta de energia elétrica foram algumas das ocorrências registradas. Além disso, muitos motoristas tiveram que empurrar seus carros por causa das inundações. 

Ruas e crateras.


Diário do Rio Doce, 20/01/1991. 

Diário do Rio Doce, 20/01/1991. 


Durante toda nossa pesquisa, foi possível observar a relação direta entre os problemas causados pelas chuvas e a ausência de infraestrutura adequada na cidade de Governador Valadares.

Como exemplo, podemos citar a reportagem veiculada pelo jornal Diário do Rio Doce em 20 de janeiro de 1991. A matéria aborda a precariedade das ruas dos bairros periféricos após as chuvas. Segundo o jornal, a única alternativa dos moradores era trabalhar em mutirão para aterrar as erosões causadas pelas águas, uma vez que o poder público não solucionava a questão.

As enchentes no Vale do Rio Doce


Diário do Rio Doce, 15/01/1991.

Diário do Rio Doce, 19/01/1991.


Em janeiro de 1991, a região do Vale do Rio Doce foi mais uma vez assolada pelas chuvas de verão. Não só a cidade de Governador Valadares, mas outros municípios menores tiveram muitos problemas causados por enchentes. Em Alpercata, por exemplo, as lavouras de milho e quiabo foram perdidas, pois ficaram debaixo d’água. 

Perseguição!

Chaparral. Diário do Rio Doce, 17/01/1991.

Nesta charge Chaparral satiriza a situação dos valadarenses que, segundo o chargista, estariam sendo perseguidos pelas chuvas. 

As águas vão rolar...


Chaparral. Diário do Rio Doce, 16/01/1991. 

1990




Chuvas e ciclovias.

Um dos principais meios de transporte da cidade de Governador Valadares é a bicicleta. Mas, durante a década de 1980, mesmo com uma ampla rede de ciclovias, os ciclistas da cidade eram prejudicados durante os períodos chuvosos, uma vez que muita água ficava empossada pelas ruas da cidade.

Segundo o Diário do Rio Doce:


“Um exemplo típico da situação é na Rua Israel Pinheiro, esquina com Euzébio Cabral, onde a água empoçou na ciclovia atrapalhando o fluxo de pessoas e veículos. A situação desta rua está tão crítica que na maioria das vezes são encontrados cartazes com os dizeres ‘proibido pescar’ e até pessoas encenando uma pescaria para chamar a atenção das autoridades”. 


Diário do Rio Doce, 20/10/1989.



Diário do Rio Doce, 15/10/1989.


Diário do Rio Doce, 25/11/1989.

1988

Imagem: Diário do Rio Doce, 15/01/1988.



“Poucos minutos de chuva forte, e pronto – Governador Valadares fica completamente inundada. Ontem, por volta das 17h45m choveu forte sobre toda a cidade, com inundações de casas comerciais no Centro e nos bairros da periferia. A cidade não possui rede pluvial capaz de absorver a água de qualquer chuva forte que dure 20m. A foto é da avenida Minas Gerais com rua Marechal Floriano”.

O texto acima transcrito foi publicado como legenda da foto veiculada pelo Diário do Rio Doce em 15 de janeiro de 1988 e demonstra que ainda no final da década de 1980 a cidade ainda não conseguira resolver problemas básicos de infraestrutura. 

Natal debaixo d’água.

Diário do Rio Doce, 24/12/1987.


Diário do Rio Doce, 24/12/1987.


Muitos moradores de Governador Valadares não puderam comemorar o Natal em 1987 devido às enchentes causadas pelas chuvas de verão. Mais uma vez o bairro Santa Rita foi um dos mais afetados.

Comerciantes também ficaram prejudicados, como o senhor João Alves, que teve sua oficina de móveis totalmente invadida pelas águas.


Os moradores relataram à reportagem do Diário do Rio Doce que já haviam solicitado ao poder público melhorias na região, mas que nada foi feito. 

Vinte e oito minutos de chuva quase mudam Governador Valadares.

A reportagem publicada pelo Diário do Rio Doce às vésperas do Natal de 1987 possui caráter crítico e relata o caos vivido na Avenida JK devido a 28 minutos de chuva, que causaram a inundação de diversas ruas e do Mergulhão, ocasionando grandes engarrafamentos e pânico em toda população.


A reportagem retrata o caos ocorrido na principal avenida de GV por meio de imagens e, ao longo de seu texto, a matéria ressalta o problema da falta de escoamento de água das ruas. Podemos concluir portanto, que o problema não era a quantidade de chuva, mas a ausência de as redes pluviais capazes de escoar a água das chuvas. 


 Diário do Rio Doce, 23/12/1987.


Diário do Rio Doce, 23/12/1987. 

Falta de infraestrutura em bairros periféricos de Governador Valadares.

Em dezembro de 1987 o jornal Diário do Rio Doce denunciou mais uma vez o descaso das autoridades públicas com a infraestrutura de bairros periféricos da cidade de Governador Valadares.

A primeira crítica foi veiculada em 05 de dezembro, quando o periódico abordou a precariedade em que viviam os moradores do bairro Vila dos Montes, que, de acordo com a notícia, não possuía redes de esgoto, calçamento e fornecimento de água.

Além disso, o presidente da Associação de Moradores relatou ao Diário que a escola do bairro estava tomada pelas águas que transbordaram de uma lagoa localizada nas proximidades do colégio. Os moradores da Vila dos Montes enfrentavam problemas desde 1978 quando uma vala foi aberta pela ação das chuvas e dividiu o bairro ao meio.

Diário do Rio Doce, 05/12/1987


Em 15 de dezembro de 1987 o Diário do Rio Doce também denunciou a falta de infraestrutura de drenagem e pavimentação de ruas em vários bairros de Valadares, como o Santa Helena e Altinópolis. Os moradores identificaram a causa dos problemas: obras de esgoto não concluídas pelo SAAE e SEMOV.

Mas, o caso que mais chama a atenção do leitor é o do “lixão da Vila Isa”. Segundo o periódico, o bairro Ipê era atingido pelas águas acumuladas no lixão, que formavam uma verdadeira lagoa e obrigava alguns moradores a abandonarem suas casas. 

Diário do Rio Doce, 15/12/1987.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Em dezembro de 1983 o bairro Santa Rita foi mais uma vez atingido por inundações. A população culpava o então prefeito de Governador Valadares, Ronaldo Perim, de não ter cumprido com a promessa de aterro e asfaltamento da área antes do período chuvoso. 


Diário do Rio Doce, 04/11/2013. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mergulhão Mergulhado.

Diário do Rio Doce, 21/01/1987.




A charge publicada pelo jornal Diário do Rio Doce em 21 de janeiro de 1987 aborda o acúmulo frequente de águas no viaduto rebaixado conhecido como “Mergulhão" , o que prejudicava a passagem de veículos.

Além da charge, o jornal publicou naquele mesmo dia uma matéria sobre a chuva forte que caiu na cidade de Governador Valadares naquela ocasião. A reportagem em questão possui caráter informativo e relata a interdição do viaduto rebaixado conhecido como “mergulhão”.

Devido a fortes pancadas de chuva, que ocasionaram acúmulo de água e lixo no mergulhão, o tráfego de carros, caminhões e ônibus ficou interrompido.


Diário do Rio Doce, 21/01/1987.

Águas passadas em dezembro de 1986.

 Diário do Rio Doce, 10/12/1986.

As chuvas de verão que caíram em Governador Valadares em dezembro de 1986 inundaram o viaduto rebaixado da Companhia Vale do Rio Doce, conhecido como “Mergulhão”. Mesmo com uma bomba de sucção instalada no Mergulhão, a água ficou acumulada, uma vez que o SEMOV não realizava limpezas diárias no local e a bomba ficou obstruída. Ventos de grande velocidade também provocaram pânico entre os moradores e diversas ocorrências foram registradas. 


 Diário do Rio Doce, 10/12/1986.


 Diário do Rio Doce, 10/12/1986.


Apesar das chuvas, o jornal lembrou aos seus leitores que o verão era tempo de alegria, de aproveitar a vida com “pouca roupa”. Época de praia e piscina. Segundo o periódico, os “amantes da estação” estavam otimistas quanto ao predomínio do sol.

Diário do Rio Doce, 23/12/1986.

No entanto, o que prevaleceu nas páginas do DRD naquela ocasião foram as notícias relativas às destruições causadas por temporais.



Diário do Rio Doce, 30/12/1986.

Chuva boa!

Em novembro de 1986 o Diário do Rio Doce elencou os pontos positivos da chuva que caiu durante três dias no Vale do Rio Doce e interrompeu dez meses de seca na região.
Segundo o periódico, as águas dariam vida nova às pastagens e dariam melhores condições para a engorda do gado. Os agricultores também se mostraram otimistas com a possibilidade de aumento da safra no final daquele ano. 


Diário do Rio Doce, 19/11/1986. 

Infraestrutura valadarense.

Em janeiro de 1986 o jornal Diário do Rio Doce denunciou a precária infraestrutura de Governador Valadares.

Segundo o jornal, poucos minutos de chuva eram suficientes para que se formassem muitas poças de águas nas ruas. O jornal elencou os principais problemas da cidade decorrentes de uma gestão pública ineficiente, tais como precariedade da rede pluvial e falta de bocas-de-lobo. 



 Diário do Rio Doce, 07/01/1986.

Além dos assuntos já mencionados, o jornal relatou que as chuvas e a ausência de uma verdadeira infraestrutura prejudicavam a economia local, uma vez que veículos de muitas empresas e firmas comerciais também ficaram impedidos de trafegar.


Diário do Rio Doce, 09/01/1986.

Papai Noel de caiaque.

 Diário do Rio Doce, 29/11/1985.


 Diário do Rio Doce, 29/11/1985.


 Diário do Rio Doce, 29/11/1985.


No fim de 1985 era bem possível que o Papai Noel só conseguisse chegar em alguns bairros de Governador Valadares usando um caiaque.

A situação foi a mesma de outros anos após uma forte chuva que caiu na região no dia 29 de novembro: transbordamento de rios e córregos, além de prejuízos para os moradores que também temiam contrair doenças.

Mas, segundo o Diário do Rio Doce, além dos danos, houve um caso inusitado no bairro São Cristóvão, onde os moradores estavam capturando peixes que nadavam no meio da rua. De acordo com o periódico, moradores “chegavam a disputar no tapa uma pescada boa”. Os peixes eram oriundos de uma represa administrada pelo SEMOV, que ruiu com o forte temporal daquele dia. 


Diário do Rio Doce, 19/12/1985.

A forte chuva do dia 29 também gerou preocupação em relação à continuidade das obras do Mergulhão, que deveria ser inaugurado no início de 1986. 

Rock in Rio...

Camilo. Diário do Rio Doce, 29/01/1985. 

Ilha dos Araújos

Rio Doce invade ruas e casas na Ilha dos Araújos. 
Diário do Rio Doce, 23/01/1985. 




O papel da imprensa valadarense na cena pública.

Os moradores de Governador Valadares, especialmente aqueles que residiam em periferias, cansados dos estragos causados pelas enchentes anuais, buscavam apoio do jornal Diário do Rio Doce para denunciar o descaso do poder público com os problemas causados pelas chuvas.
Foi o que aconteceu em janeiro de 1985, quando os moradores entraram em contato primeiro com o jornal, para depois recorrerem aos órgãos públicos responsáveis pela gestão da cidade. 

Os problemas relatados pelo jornal naquela ocasião são os mesmos de anos anteriores e o córrego Figueirinha continuava sendo um grande vilão para os moradores dos bairros periféricos. 

 Diário do Rio Doce, 11/01/1985. 

O próprio jornal abordou o papel da imprensa valadarense em reportagem publicada no final do mês de janeiro de 1985. Segundo o Diário do Rio Doce , representantes da imprensa se reuniram no gabinete do comando do 6º Batalhão da Polícia Militar na madrugada do dia 29 de janeiro, quando a situação se agravou. 

O jornal relatou que foi a pressão da imprensa que levou as autoridades a se posicionarem de forma mais enérgica e adotarem providências mais emergenciais para atender a população.
Repórteres de texto e repórteres fotográficos trabalharam em regime de plantão para cobrir os principais acontecimentos relativos às enchentes daquele mês, como a morte de um senhor que foi levado pelas correntezas do córrego Figueirinha. 


Diário do Rio Doce, 29/01/1985.





terça-feira, 10 de setembro de 2013

As chuvas de 1984.

Ao longo de 1984 várias reportagens sobre enchentes foram publicadas pelo jornal Diário do Rio Doce, como aquelas que abordaram os prejuízos causados pelo Córrego Figueirinha, por exemplo. Muitas pessoas perderam seus pertences e tiveram suas casas danificadas após o transbordamento do córrego em outubro daquele ano. 

Outro ponto de Valadares que frequentemente era citado pelo jornal era a avenida JK, que ficava intransitável por causa das chuvas como podemos observar na segunda foto. 



Diário do Rio Doce, 21/10/1984. 

Diário do Rio Doce, 21/10/1984. 

Em novembro daquele mesmo ano, o bairro Santa Rita ficou ilhado devido às fortes chuvas. Muitos moradores não conseguiam sair de suas casas e alguns utilizavam barcos e caiaques como meios de transporte.


 Diário do Rio Doce, 23/11/1984. 

Diário do Rio Doce, 06/12/1984. 

Outro problema relatado pelo jornal, era a precariedade de ruas e estradas, que com as chuvas viravam imensos lamaçais.

 Diário do Rio Doce, 11/12/1984. 

 Diário do Rio Doce, 20/12/1984. 

Diário do Rio Doce, 20/12/1984. 

Enquanto isso em GV...

Camilo. Diário do Rio Doce, 21/10/1984.