Assim como em outros anos,
1982 começou com motivos de preocupação para os habitantes do Vale do Rio Doce. Mais uma vez as águas do Rio
Doce haviam subido devido às fortes chuvas, tanto na região de sua cabeceira
quanto em Governador Valadares.
A BR-116, conhecida como
Rio-Bahia, ficou interditada na região do rio Caratinga. Já em Valadares, os
córregos Figueirinha e Onça provocaram inundações e causaram destruição de vias
públicas. Os principais bairros atingidos foram o São Pedro, São Tarcísio, Ilha
dos Araújos e bairro São Paulo, nas proximidades do Parque de Exposição
Agropecuária.
Diário do Rio Doce, 15/01/1982
O Diário do Rio Doce,
noticiou os danos causados pelas chuvas de janeiro daquele ano e reiterou que
os bairros considerados como áreas da elite valadarense também eram
prejudicados, como no caso da Ilha dos Araújos, onde a avenida Beira-Rio ficou
tomada pela lama.
Diário do Rio Doce, 22/01/1982
A situação ficou realmente
crítica no fim de janeiro quando diversas famílias tiveram que sair de suas
casas e buscar abrigos em igrejas, escolas e casas de amigos. A hipótese de que
as usinas administradas pela CEMIG teriam influenciado o aumento do nível das
águas dos rios daquela região e gerado enchentes mais danosas, foi descartada
pela Companhia Energética de Minas Gerais, que esclareceu a situação de suas
usinas ao jornal Diário do Rio Doce.
Diário do Rio Doce, 28/01/1982.
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