quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Situação de emergência em Belo Horizonte no início de 1983



A CEDEC declarou situação de emergência em Belo Horizonte, depois da tromba d’água do início daquele ano, que causou a enchente dos córregos do Nado e do Leitão, do Ribeirão do Onça e do Ribeirão Arrudas.

Diretores da Cruz Vermelha visitaram a CEDEC, oferecendo auxílio como abrigo, alimentos, assistência médica e roupas aos desabrigados. Houve ainda uma proposta feita pelos mesmos de uma campanha oficial de arrecadação de doações. A Secretaria Estadual de Saúde informou sobre a distribuição de um manual contendo considerações a respeito de medidas a serem observadas visando à prevenção de doenças.

Para o Diário de Minas, “mais uma vez ficou provado que Belo Horizonte não está capacitada para enfrentar problemas dessa natureza” e que a própria população também não está preparada, pois, não existe órgão que instrua como agir nestes casos.

A matéria faz uma relação dos locais mais atingidos pelas enchentes: Primeiro de Maio, Minas Brasil, Perrela, Cabana Pai Tomás, Nova Suíssa, Favela da Serra, Rua dos Guaicurus, Favela Santa Lúcia, Av. Silviano Brandão, Praça Rui Barbosa, Av. Santos Dumont, Trevo de Sabará, Av. Cristiano Machado, Anel Rodoviário na altura do bairro Padre Eustáquio, Av. Antônio Carlos, Rua Corumbá, Av. Méier, Pirajá, Favela São Bernardo, Ressaca, Av. Afonso Pena, Viaduto da Floresta, Via Expressa na altura da Rua Extrema, proximidades Da Toca da Raposa. 

A Rede Ferroviária Federal se encontrava parada devido a queda de barreiras e alagamentos nas linhas. A Federação do Comércio estimou que os prejuízos com as enchentes chegassem a 3 bilhões de cruzeiros. O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista afirmou que o abastecimento de cereais e mercadorias como material de limpeza e higiene estava comprometido temporariamente.

A grande preocupação dos comerciantes era com a perda de documentos, livros contábeis e notas fiscais. Os mesmos manifestaram às autoridades alguns benefícios fiscais (protelamento do prazo para pagamento de impostos, parcelamento do ICM, abertura de novas linhas de crédito e prorrogação de dívidas bancárias).



Diário de Minas, 04/01/1983

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